Caminho ao sabor do vento. Navego, impreciso. Trabalho constrangido pelo amor. Vivo pela graça. Espero passar da fragilidade a bem-aventurança da mansidão. E com ela herdar a terra. "
- Ricardo Gondim em As opções de minha alma.
Goethe - o bem e o mal
"Se o nosso coração estivesse sempre aberto para desfrutar o bem que Deus diariamente nos concede, teríamos, por sua vez, força suficiente para suportar o mal quando ele viesse."
- Goethe em Os sofrimentos do jovem Werther, Editora Estação da Liberdade, p. 41
Carlos Drummond de Andrade - a melhor idade
"Vinte anos é uma bela idade, mas tem o inconveniente de não se dar a conhecer senão depois que a perdemos. Para quem chega aos cinquenta, não há tempo mais doce; quando se tem vinte anos, é um inferno. A alma não se encontrou ainda, mas julga haver-se reconhecido. Tudo é triste e velho, não há esperança nem ingenuidade. É impossível ser otimista quando ainda não houve sofrimento nem foi avaliado o preço da vida. A mocidade nutre-se de equívocos, e as vezes chega a morrer deles..."
- Carlos Drummond de Andrade em homenagem a Fagundes Varela, em Poesia e Prosa, Editora Nova Aguilar, p.1316.
Muriel Barbery - a Beleza
"A estética se refletirmos um pouco a sério, nada mais é que a iniciação à Via da Adequação, uma espécie de Via do Samurai aplicada à intuição das formas autênticas. Todos nós temos implantado em nós o conhecimento do adequado. É ele que, a cada instante da existência, nos permite captar sua qualidade e, nessas raras ocasiões em que tudo é harmonia, desfrutá-la com a intensidade requerida. E não falo dessa espécie de beleza que é domínio exclusivo da Arte. Os que, como eu, são inspirados pela grandeza das pequenas coisas e perseguem até no coração do não-essencial, onde revestida de trajes cotidianos, ela brota de um certo ordenamento das coisas ordinárias e de certeza de que é como deve ser, da convicção de que é bem assim."
- Muriel Barbery em A Elegância do Ouriço, Cia das Letras, p. 175.
Nenhum comentário:
Postar um comentário